quinta-feira, 2 de maio de 2013

Presidente Getúlio Vargas criava mulas para exportação


Presidente Getúlio Vargas criava mulas para exportaçã 

A venda de mulas durante a primeira década do século XX para os Estados Unidos era uma prática mantida em segredo pelos principais exportadores da época. Assim perdurou até a extinção do comércio, sobre os panos, de muares para o mercado americano, destacado por alguns como “negócio da china”.
As mulas custavam 200 cruzeiros e eram repassadas à Unrra (United Nations Relief and Rehabilitation Administration), por 1,2 mil cruzeiros.
Grandes criadores de muares do sul do Brasil passavam bom tempo de seus dias no eixo Rio de Janeiro-São Paulo em contato com a Comissão Mista de Aquisições da Unrra. Enquanto isso, tropeiros buscavam fazendas da região missioneira – Santiago, Alegrete, Uruguaiana, Itaqui, São Borja, Palmeiras das Missões e São Luiz – comprando as mulas para serem encaminhadas à exportação.
Um fato interessante, registrado na autobiografia de um tropeiro, o Sr. Antônio Gonçalves Melo, envolve as fazendas do ex-presidente Getúlio Vargas. Ele destaca: “Comprei um lote de 52 mulas crioulas do Dr. Getúlio Vargas, lá na Fazenda Santos Reis (São Borja). Paguei diretamente para ele. Isso foi no ano de 1946, quando ele foi deposto do governo. Eu pedi ao Dr. Getúlio para mandar os peões da fazenda levar as mulas até o carreador da estrada, que ficava distante 3 a 4 quilômetros da fazenda. O Dr. Getúlio me disse sorrindo: ‘Me paga, que eu vou também’. E eu respondi: ‘Pago’. Ele foi junto com os peões, montando um cavalo tordilho. Quando ele me disse adeus para voltar, eu perguntei: ‘Quanto lhe devo, doutor?’. E ele disse, rindo: ‘Deve um voto’. Paguei essa dívida em 1950, quando ele foi eleito presidente da República”.



Fonte: Revista Globo Rural

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